terça-feira, 10 de agosto de 2010

Preparação de um banner

por Gilmar Lopes

Vai aqui uma orientação para quem quer criar um banner e imprimí-lo em uma gráfica.
É algo muito simples, mas às vezes ainda vejo ou recebo arquivos fora dos padrões, principalmente no que diz respeito às distâncias mínimas que devem ser respeitadas para a posterior colocação das hastes ou baguetes.

Observe o desenho abaixo:

Geralmente encontramos os banners no tamanho 700x500mm ou 600x400, mas os tamanhos podem variar de acordo com a criatividade e a necessidade do cliente.

No banner acima deixamos uma margem de segurança de 15mm (15x500mm - largura do banner) para colocação da haste.
Nessa área não devem ser colocados textos, créditos, assinaturas... pois ela será coberta pelo baguete.

Essa margem de 15mm vale tanto para a parte superior quanto inferior do material e não importa o tamanho do banner, pois sempre será exigida essa distância mínima.

Já os banners com bastão de madeira exigem uma área bem maior de papel: 70 a 100mm - pois o papel precisa dar a volta, envolvendo o bastão para ser colado na parte de trás do banner. Isso reduz consideravelmente a área útil do banner e é um dos motivos do bastão estar cada vez mais caindo em desuso.

Até a próxima!

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sábado, 7 de agosto de 2010

Paginando corretamente

Por Gilmar Lopes

Olá, estamos de volta!

Todo mundo que trabalha com revistas, catálogos, livros... já encontrou algum problema ou teve alguma dúvida quanto a páginação do trabalho: de que forma devo mandar para a gráfica? Qual a melhor maneira de enviar o arquivo?

Espero nesse post tentar resolver essa questão que algumas vezes faz com que você tenha que rediagramar o trabalho pelo fato de que a gráfica não consegue usar o arquivo enviado.

A maioria das grandes gráficas, principalmente aquelas que abandonaram o fotolito e partiram para o ctp (computer to plate), utilizam programas específicos de imposição digital. Nesses programas as páginas são jogadas e ordenadas seguindo padrões de encadernação preestabelecidos, que servirão depois para orientar o tipo de dobra e acabamento do trabalho.

Embora esses programas sejam fantásticos e auxiliem sobremaneira o montador, existem algumas restrições, principalmente quanto a forma em que os arquivos são enviados para eles. O tipo de paginação é um dos itens a serem mais observados nessa hora.

Existem duas formas corretas de paginar o arquivo e enviá-lo para gráfica: casamento de PÁGINAS OPOSTAS e PÁGINAS SIMPLES individuais.

PÁGINAS OPOSTAS

Esse tipo de paginação deve ser feito exclusivamente para materiais que serão grampeados.
Nesse caso as páginas devem ser casadas de forma que, após a montagem das lâminas (conjuntos de quatro páginas) e a colocação do grampo, a numeração das páginas fique na ordem correta.
Sendo assim temos:

As páginas montadas lado a lado (casadas), com uma área de sangria externa de 3 a 5 mm.


Após a preparação do layout chega o momento de diagramar a revista ou catálogo.
Sabendo que o material será grampeado você deve começar a posicionar as páginas da forma mostrada abaixo:

Observe que, embora as páginas não sigam uma sequência (1, 2 e 3, 4 e 5...), quando o material for grampeado elas ficarão na ordem correta. Se você quiser um exemplo prático é só pegar qualquer revista Veja e desmontá-la para entender como a coisa toda funciona.
Mas fique atento! Esse tipo de montagem de PÁGINAS OPOSTAS SÓ SERVE SE O MATERIAL FOR GRAMPEADO.

PÁGINAS SIMPLES INDIVIDUAIS

Já se o seu caso é uma revista, livro ou catálogo com lombada quadrada você deve preparar todo o trabalho com páginas simples. Quem usa o indesign, quark, pagemaker ou até corel, pode optar nesse caso pelas facing pages ou páginas lado a lado (tipo de layout onde as páginas são visualizadas lado a lado, mas no arquivo fechado ou modo de impressão aparecem sozinhas).

Veja:

Agora temos uma página simples devidamente sangrada para os quatro lados. Há quem prefira sangrar apenas nas extremidades externas (3 lados), mas é altamente recomendável que a sangria seja feita nos 4 lados da página. Para quem trabalha com páginas lado a lado essa sangria interna já aparece automaticamente na hora de gerar o pdf do arquivo, bastando apenas sangrar o topo, rodapé e as laterais externas.
Após o desenvolvimento do material, seu layout deverá ficar dessa forma:


As páginas seguem uma sequência númerica crescente indo da capa até a última página. Essas páginas podem ser enviadas em um arquivo único ou em vários arquivos individuais, dependendo do tamanho (Mbytes) deles.

Lembrando que SEMPRE DEVEM ESTAR CENTRALIZADAS DENTRO DO ARQUIVO. Os programas de imposição das gráficas utilizam o sistema de clip, ou seja: programa importa o arquivo e o centraliza automaticamente dentro de um template. Falando de uma forma mais grosseira é como se você jogasse a arte da página dentro de um powerclip (corel) ou cliping mask (illustrator). Por isso sua página precisa estar centralizada dentro do pdf, pois o programa vai importar o arquivo e imposicioná-lo com base no mediabox do pdf e não com base na arte em si.

COMO NÃO DEVO PAGINAR UM ARQUIVO!

Essa parte final reservei para um tipo de imposição que só dá dor de cabeça e desgosto, mas que eventualmente aparece na gráfica gerando atraso nos materiais, estresse com os clientes e outros tipos de transtornos.
É a imposição de páginas CASADAS EM ORDEM SEQUENCIAL.
Nesse caso o designer não usa facing pages, mas vai montando seu trabalho com as páginas casadas assim: contra capa com capa, pág 2 com pág 3, pág 4 com pág 5...

Dessa forma embora o trabalho fique fácil de ser visualizado, principalmente se existem fotos de página dupla, ele se torna totalmente inviável para ser utilizado em imposição digital.
Com esse tipo de paginação o trabalho não serve nem para ser grampeado.

São dicas simples que a maioria já conhece, mas espero ter ajudado.

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